Carlos Alberto de Aguiar

O ritmo brega é o mais dançante do Brasil e o mais popular entre nós paraenses. Começou a se projetar nacionalmente, saindo do eixo Norte-Nordeste, já sendo tocado no sul do País em emissoras de rádio. Mas toda fama tem um preço. Com o sucesso do ritmo Brega Paraense, tornando-se uma nova fase musical do País, não será diferente.

No momento, as críticas que vem recebendo, são injustas. Afirmar que as letras são pobres e que os arranjos são sempre os mesmos, é provar que não conhece o que vem ocorrendo na atual produção bregueira. Aliás, já despontamos em três oportunidades no cenário musical nacional, com arranjos de músicos bem paraenses. Dizer que o termo calipso vem sendo usado erradamente é desconhecer que o calipso é um ritmo e uma dança igualmente, como o é o brega em Belém. É preciso levarmos em conta a evolução que os ritmos têm sofrido a cada década.

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Ao se tornar logo, logo, o ritmo de nova onda em todo o Brasil, uma vez projetado, o brega não cairá mais da moda. O ritmo está cada vez mais se fortalecendo e com isso se popularizando cada vez mais. Não é à toa que as emissoras de rádio estão mudando as suas programações musicais. Estão tocando mais brega. Estão criando mais programas específicos de brega. O próprio ritmo é contagiante. Tem gingado, mexe com a gente e é romântico. Até as melodias ditas apelativas não ofendem, tanto que caem no agrado popular, principalmente pelo lado humorístico como ocorre com a música Doador de Órgãos com a Jéssica Kandomblé. Outras como Bala da Paixão com Cris Oliveira e o Traficante do Amor com Wanderley Andrade são verdadeiras apologias ao amor e à paixão. O Brega é Brasil.