Carlos Alberto de Aguiar

A iniciativa do Pará Folia de realizar o Fest Calypso foi 100% pai-d’égua. Demais. Quem não foi perdeu e quem foi dançou bastante mesmo, até quando a chuva caiu. A turma do Chiclete com Banana dispensa comentários. Sempre foram muito bem recebidos aqui em Belém. Antes mesmo de atingirem o auge dos 100%, sempre foram presença constante no programa do Matoso, quando este era radialista da Liberal AM. Kim Marques, Edilson Morenno, Banda Calypso e o suingue maneiro da banda Nova do Guru sacudiram com a galera. A Banda Calypso provou porque é mais executada e solicitada no Nordeste. A turma presente participou mesmo das apresentações, cantando uma a uma as músicas que iam sendo cantadas. É o nosso brega Calypso quebrando as barreiras do preconceito e mostrando toda a sua força ritmica. Dizer que odeia o ritmo brega praticado aqui em Belém e que o mesmo não dá uma legítima expressão da nossa cultura paraense, é desconhecer a nossa produção musical em seus mais de 50 estilos.

{mosgoogle}

O brega hoje representa modernamente o que o nosso carimbó também representa. É um ritmo funcional e exemplo da criatividade dos nossos músicos paraenses, absorvendo as influências da música dançante e da música de outras culturas. É uma modalidade digna de ser valorizada; não é uma coisa que surgiu de repente, por acaso, ou de forma postiça. É um ritmo legítimo. É um estilo e possui grandes possibilidades de arranjos e orquestração diferentes. O sucesso da Fest Forró, com as presença de duas bandas representando o nosso brega Calypso, Tecnoshow e Xeiro Verde, não será diferente. A presença da turma que curte o forró também é muito forte.