- Antes das opiniões colocaremos as palavras de congratulações de Wanderley Andrade sobre o site Brega Pop:

“Quero em primeiro lugar te parabenizar pelo trabalho que vens desenvolvendo em torno da nossa cultura paraense e em particular retratando o nosso querido e amado ritmo que hoje é realidade de sucesso em 13 estados brasileiros graças à DEUS e a batalha de duas pessoas que estão lá correndo atrás e não medindo esforços e nem distância e muito menos tendo vergonha de bater na porta de rádio para pedir que toque as nossas canções e acima de tudo orgulhando-se de ser paraense como você. E essas pessoas são WANDERLEY ANDRADE e ROBERTO VILLAR, que hoje como você mesmo frisou foram os precursores desse novo ritmo que com toda certeza vai ser sucesso nacional e que me orgulha muito é saber que hoje existem centenas de seguidores e o que é melhor com músicas maravilhosas e uma qualidade muito boa do trabalho.
Informo também sobre documentos que vêem somar com o histórico do BREGA: A Folha de São do dia 29 de julho de 99 estampando a seguinte manchete: DISCÍPULO DE ROSSI FAZ TRÁFICO DE AMOR e logo em seguida outra ANDRADE Também tem seu Garçom. A FOLHA DE PERNAMBUCO exaltando o sucesso do cantor paraense, O CORREIO DA BAHIA (Salvador) exaltando também e expondo na sua capa fotografia inteira do artista paraense (isso em plena casa dos nossos irmãos baianos)”.
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Veja o que muitos pensam sobre o nosso ritmo Brega Pop:

“O Brega está em ponto de bala, basta apertar o gatilho. Além de conquistar o Norte, agora somos reconhecidos no Nordeste. Para conquistarmos o Brasil inteiro falta só um empurrãozinho, o que está prestes a acontecer” - garante Marcelo Wall, que apareceu nas paradas de sucesso com o hit “Palavras” (Cláudio Lemos), vendendo 9 mil cópias, em apenas 15 dias, quando Marcelo Wall distribuía CDs apenas no estado do Pará e, após um ano de lançamento chegou a 25 mil cópias.

“O público nordestino assimilou tão bem a nossa música que para se ter uma idéia, seis composições minhas já foram interpretadas por grupos de Salvador, Recife e Fortaleza, sendo que cinco das composições foram adaptadas para forró e uma delas foi regravada em forma de Brega mesmo. O Brega produzido em Belém nos anos 80 era muito bom, mas não atingiu tanta gente por ser limitado à melancolia.

O Brega que produzimos hoje já invadiu até as academias de aeróbica”, justifica Kim Marques, que estreou nas paradas em 97 com “A dança do Brega”, composição de autoria própria, que vendeu 25 mil cópias em menos de um ano. No ano seguinte estourou com “Brega Carimbó″ e vendeu 20 mil cópias em um ano.

“Este está sendo o melhor momento do movimento. Estamos à beira do abismo. Chega a dar um frio na barriga. É hora de ter asas para voar por todo o Brasil. E, quando chegar a nossa hora não será como aconteceu com o Beto Barbosa, que era sozinho. Nós somos um movimento. Não precisamos forçar nenhuma barra porque tudo acontece naturalmente. Embora o Brega esteja em voga, para nós não é uma moda. é uma filosofia de vida, verdadeira e muito agradável, da qual quase todo mundo quer compartilhar com a gente” - afirma Edilson Morenno, que é dos campões de vendo do movimento. Com o CD independente “O maluco - A nova cara do Brega”, que anuncia a direção pop que o estilo vem tomando, vendeu 65 mil cópias por conta dos sucessos “Pirangueiro” e “Ladra”. O CD “Coisa Boa”, lançado recentemente na casa de shows Xodó, já saiu com mais de 20 mil cópias vendidas.

Brega invade o país e chega a Europa

Cleide Lemos já vendeu 30 mil cópias de seu mais recente CD e ultrapassou a barreira nacional. Ela é a primeira integrante do movimento a entrar no circuito europeu, tendo passado seis meses em excursão na Alemanha, França, Espanha e Portugal. Fazendo apresentações em hotéis, clubes, estádios e teatros, Cleide Lemos levou o balanço do Brega para quem nem imaginava o que era a onda do Brega. “Lamento muito não ter levado dançarinos porque a dança é o principal ingrediente do Brega. Os europeus que conheceram, adoraram o ritmo. A prova é que muitos deles não não resistiam, levantavam das cadeiras e arriscavam dançar baseados na minha performance”, conta Cleide.
Após a temporada de sucesso, Cleide Lemos voltou a Belém acompanhada pelo empresário português Toni Madeiras que se diz maravilhado com o talento dos paraenses. Trata-se de um movimento musical consistente, que retrata a cultura local com uma linguagem universal e cheio de talentos”, considera Madeiras.

Melhor Brega é o da fonte paraense

Apesar de ser bem aceita na Europa, quando pensa em uma nova produção, Cleide Lemos corre para Belém. É aqui que ela encontra a matéria prima para o sucesso: composições, músicos e estúdios. “Não dá para fazer o que a gente faz aqui em outro lugar. Por enquanto é aqui que estão todos os profissionais que sabem fazer o tipo de Brega que nós produzimos”, diz Cleide Lemos.
Os estúdios em Belém estão em franca produção, o que proporciona aperfeiçoamento nas gravações.

Kim Marques está novamente no estúdio gravando “Beija Flor”, seu próximo CD. Ele garante que o tempero paraense é a graça do Brega. “Não é somente o cantor, nem o compositor, nem os músicos que garantem o resultado que atingimos. Os produtores e engenheiros de som são responsáveis pelos timbres, filtragens de som, entre outros recursos que interferem nos resultados. Os produtores com quem trabalhamos estão há muito tempo adquirindo know how para atingir este resultado. Portanto, até a segunda ordem para se fazer este tipo de som, do jeitinho que a gente faz, tem que se recorrer a Belém”, justifica Kim Marques.

Colaboração: José Clemente Schwartz - jornal “Diário do Pará”.